segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A arte na Escola



A afirmação do livro como objeto de arte, no caso brasileiro, apresenta-se sob forte influência da poesia visual. Aparece também na forma de colaboração entre artistas e poetas concretos e neoconcretos, entre as décadas de cinqüenta e sessenta. Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Augusto de Campos tiveram grande participação nesses anos, não só em relação à poesia, mas também nas artes plásticas. O livro de artista é trabalhado, a partir desse momento, entre as fronteiras da literatura e das artes visuais. E assim, desenvolve um processo de maneira muito peculiar a fim de explorar a palavra como elemento visual.

A forma do livro na sua concepção tradicional exibe um conjunto de folhas de papel, de igual tamanho, folhas estas geralmente impressas e unidas entre si de modo a estabelecer um volume, cuja função é transmitir um conteúdo literário. Hoje o pensamento relativo ao conceito e à construção formal do livro propõe diferenças significantes. O livro pode assumir a forma de livro ilustrado por artistas ou de livro-objeto, livro-poema ou poema-livro, e outras denominações, as quais podem diferir a partir da concepção do referido objeto. Em realidade, não estão claros os limites entre o que é um livro de artista e o que não é, pois existem diferenças conceituais de autor para autor.

http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/anais4/bernadette_panek.pdf